domingo, 12 de janeiro de 2014

ÉPOCA: As novas confissões de adolescente


As protagonistas do longa ‘Confissões de Adolescente‘ são capa do mês de janeiro da  Época. O site da renomada revista publicou um trecho da matéria em sua página, que abordam o início da história com os diários de Maria Mariana, o sucesso cruzando décadas e adaptação cinematográfica que não deixou a trama perder a essência. Confira:
>> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana
Maria Mariana tinha 19 anos quando decidiu abrir seus diários e mostrar o mundo dos adolescentes como ele nunca fora visto. Era 1992, e o universo juvenil – pelo menos, o pedaço feminino – estava trancafiado em agendas escondidas no criado-mudo. Decoradas com figurinhas que vinham no chiclete, imagens de galãs recortadas de revistas e versos da banda Legião Urbana, as agendas guardavam relatos inconfessáveis. Revelavam a angústia de ser preterida pela melhor amiga e o sentimento – revoltante! – de ser incompreendida pelos pais. Eram verdadeiras confissões de adolescente, que Mariana ousou revelar numa peça com o mesmo nome, em montagem acanhada na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Seu depoimento ressoou entre meninas e meninos, que se reconheceram naqueles dilemas e inquietações. “Os adolescentes se identificaram com um sentimento que eu achava que era só meu, de inadequação, e perceberam que poderiam ser eles mesmos”, diz Mariana, mais de duas décadas depois.


Aos 40 anos, Mariana hoje é mãe de quatro filhos, preocupa-se com aquilo a que a filha de 6 anos assiste na televisão e se orgulha da maturidade da mais velha, de 13, que já tem namorado. Enquanto ela e os antigos adolescentes de sua geração descobrem como trilhar a vida adulta, novos dramas juvenis continuam a se desenrolar. Agora, em bate-papos do programa de celular WhatsApp, perfis do Facebook e contas do Twitter. Se esses dramas não são idênticos aos vividos pelo pessoal que hoje passou dos 30 anos, guardam estreita semelhança com a intensidade das emoções que só a adolescência é capaz de evocar. É para falar dessa nova geração, nascida num mundo conectado pela internet, que a versão cinematográfica de Confissões de adolescente chegou a 400 salas no fim de semana.


O filme é dirigido por Daniel Filho, o responsável por transformar a peça em série de sucesso na TV Cultura, em 1994.Foram duas temporadas. A primeira, com 22 episódios, entrou para a memória afetiva daquela geração de adolescentes. A história girava em torno de quatro irmãs de 13 a 19 anos: Diana, Bárbara, Natália e Carol. Elas moravam com o pai mais boa-praça de que se tem notícia, Paulo, num apartamento de classe média, no Rio de Janeiro. Na versão que, agora, chega aos cinemas, as jovens são vividas por atrizes conhecidas do público adolescente. Bella Camero passou pelo seriado Malhação, da TV Globo, assim como Sophia Abrahão, agora na novela Amor à vida. Clara Tiezzi está no ar atualmente em Malhação e Malu Rodrigues participa da série Tapas e beijos. “O Daniel pediu para não assistirmos à série, para não ser influenciadas”, diz Malu, que interpreta Alice (Natália, na série da TV de 1994). Embora as duas tenham idades equivalentes, cor de cabelo igual e passem por situações parecidas, suas personalidades são distintas. Se Natália era uma romântica sonhadora, Alice é decidida e prática. Pode ser um sintoma de como os tempos (e os adolescentes) mudaram em duas décadas.


“Não basta atualizar a gíria ou colocar um celular na mão das pessoas”, diz o roteirista Matheus Souza, de 25 anos, responsável pela adaptação para o cinema – ele é o diretor de Apenas o fim, filme que, como Confissões de adolescente, retrata os dilemas da geração atual. “Há uma mudança comportamental.”

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