segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Cartas Para o Papai Noel ( LuAr ) - Parte 1

Especial de Natal



Hey gente... Eu resolvi dividir a fic em partes, não sei quantas ainda ( duas ou três ). É um romance mesmo sabe, uma história muito bonita , que tem haver com essa magia do Natal... Ela é contada pelo Arthur e a história não é triste ( só no passado dele que ele sofreu com uma perda...)



 14 dias antes do Natal

Jingle bells, jingle bells

Jingle all the way
Oh, what fun it is to ride
In a one horse open sleigh


Sempre as mesmas musicas, as mesmas pessoas alegres passeando por ai. Crianças felizes abraçando seus pais, e pedindo os mesmos presentes para o querido Papai Noel.
É... Esse mesmo, que não existe...
Eu sei, são crianças, devem acreditar... Faz parte da infância.
Mas o problema aqui é que eu nunca tive uma...
Prazer sou Arthur Aguiar.
Tenho 19 anos. Perdi meus pais com 9, em uma noite dessas, que todo mundo ama. Isso mesmo, meus pais morreram num acidente de carro na noite do dia 24 de dezembro.
Sempre fomos uma família pobre e humilde, mas meus pais sempre me fizeram ter esperança. Nunca me davam presentes caros, e me ensinaram desde pequenininho a, ao invés de pedir brinquedos, pedir paz, amor... Mas daí eles se foram, levando toda a esperança e fé com eles.
Naquela noite eu esperava meus pais em casa, que tinham saído para comprar algo para nossa ceia, quando um policial chegou


FlashBack On - 10 anos antes

Eram 11 da noite e papai e mamãe ainda não tinham voltado para casa.
- Onde estão vocês – Eu penso alto enquanto olho para o relógio – Está quase na hora da ceia.
TimDom – Escuto o campainha tocar e vou atender. Espero que sejam eles.
Abro a porta e me deparo com um policial.
- Olá. Você é Arthur Aguiar? – Ele pergunta impassível.
- Sim sou eu – Respondo prontamente – O que foi?
- Lamento informar, mas seus pais sofreram um acidente e estão em estado grave no hospital.
- O.. O...Que? – Pergunto incrédulo, sentindo o mundo cair sob meus pés.


Já passam de uma da manhã e eu estou na sala do hospital.
O lugar está vazio e silencioso.
Escuto um barulhinho que anuncia que o elevador vai parar naquele andar, onde me encontro.
As portas de abrem e fico feliz ao ver quem passa por elas.
O Papai Noel.
Corro para ele e o abraço.
- Papai Noel, que bom que você está aqui! – Digo feliz, olhando para ele, que por um instante parece não saber o que fazer, mas logo em seguida me abraça e diz:
- HoHoHo, o que posso fazer por você meu jovem?
- Sabe o que é Noel... – Digo ficando triste novamente – Meu papai e minha mamãe estão doentes e eu não sei se eles vão melhorar. Eu sei que está meio em cima da hora, mas eu queria te pedir de Natal para fazê-los melhorar.
Ele me olha com compaixão.
- HoHo meu querido – Ele diz se abaixando e ficando na minha altura - Papai Noel vai realizar seu desejo, seus pais vão melhorar.
- Obrigado meu bom velhinho – Digo e depois o abraço antes dele ir embora.
Sento-me novamente na cadeira e finalmente consigo dormir, tranqüilo agora que Papai Noel me prometeu que meus pais ficariam bem.


- Arthur... – Escuto uma voz em meio ao meu sonho – Acorde.
Lentamente abro meus olhos e me deparo com uma enfermeira.
- Olá. Quanto tempo eu dormi.
- Somente uns 10 minutos querido – Ela diz, mas sinto que algo está errado pelo tom de sua voz.
- Aconteceu alguma coisa?
Ela me olha, com os olhos cheios de pena.
Por que ela está sentindo pena de mim?
- Arthur – Ela começa a dizer suspirando – Sinto em lhe contar isso, mas... – Ela para e não continua.
- Mas... – Eua incentivo.
- Não sei nem como te dizer...
- Com a boca – Eu digo. Isso não PE obvio?
Ela da um sorrisinho triste.
- Seus pais Arthur... Eles foram dessa para uma melhor...
- Eles mudaram de hospital? – Pergunto em dúvida.
- Não. Eles se foram... pra sempre.
Quando eu entendo o que ela quis dizer me levanto indignado.
- Não pode ser – Grito – eu pedi para o Papai Noel e ele disse que ia ficar tudo bem com eles. Ele me prometeu – Digo com lagrimas nos olhos.
A enfermeira olha para baixo e vejo seus olhos marejados.
Não posso acreditar! Por que Papai Noel mentiria para mim?
Saí correndo da sala de espera.
- Arthur, volte aqui... – Escuto a enfermeira gritar, mas não me importo.
Paro de correr no meio do corredor e entro na primeira porta que encontro. É uma salinha qualquer.
Está um pouco escuro, mas consigo ver que tem alguém ali sem trocando.
Escondo-me atrás de um armário e observo melhor.
É o Papai Noel. Ou não...
Vejo a pessoa tirando a roupa e logo em seguida a barba falsa.
Quando ele termina vejo que é só um senhor comum, que nem cabelo branco em ainda.
Minha mão vai para minha boca me impedindo de gritar.
O senhor sai pela porta e eu começo a chorar compulsivamente, sentindo todos os meus sonhos me deixarem.
 FlasBack Off

Fui morar com meu tio, irmão de meu pai. Meu único parente. Ele sempre foi muito doente. Então eu mal o via.
Ele tinha um bom salário de aposentado, então vivi bem. Estudei até dois anos atrás, quando me formei no Ensino Médio. Foi nesse ano que meu tio se foi também e deixou tudo o que tinha para mim.
E hoje estou aqui. Sentado no banco dessa praça aonde sempre venho.
Nessa época do ano ela está cheia, já que aqui tem uma casinha do Papai Noel, aonde as crianças vêm para fazer seus pedidos.
E eu desde pequeno as via, todo ano, felizes, com suas respectivas famílias.
Mas se vocês querem saber, tinha uma coisa que me alegrava todo santo ano nessa época, uma coisa que era um restinho da esperança que eu tinha... Ela!
Uma garota que eu nem sequer sabia o nome, mas que mexeu comigo sem nem sequer olhar para mim direito.
Eu a vi pela primeira vez a 9 anos atrás:

FlashBack  On
- Eu quero uma boneca que me responde quando eu pergunto alguma coisa.
- Eu quero um caminhão que anda sozinho.
- Eu quero...
Eu assistia as crianças pedirem os mesmos presentes fúteis para o “Papai Noel” e depois colocarem sua cartinha em uma caixa toda enfeitada. Faltava um pouco menos de uma semana para o Natal, ou um pouco mais... Não sei, eu não me importo. Nessa noite fará um ano que eu os perdi... Que eu fiquei sozinho no mundo.
Eu sei, tenho o meu tio, com quem vivo. Mas ele é doente e nem fala comigo direto.
Todo dia, ou pelo menos quase todo dia eu venho aqui nessa praça. Ela é perto da casa do meu tio, fica entre ela e a minha escola.
A praça costuma ser calma, só que dando que estamos no meio/fim de dezembro...
Volto a olhar para as criancinhas... Maiores e menores que eu...
Às vezes, eu admito, tenho inveja delas. Não só por terem uma família e sim porque elas acreditam...
É quando vejo uma menininha...
Loira com os cabelos cheios de cachinhos, um pouco mais nova que eu. Ela sorri para todos que passam enquanto espera sua vez chegar...
Fico somente observando até ela se sentar no colo do “Papai Noel” e ele fazer a mesma pergunta de sempre:
- O que você quer de Natal querida?
- Nada em especial – Ela responde. O sorriso nunca deixa seu rosto – Eu queria só pedir que todos, inclusive o senhor tenham um ótimo Natal, um ótimo Ano Novo, muita paz e alegria...
Fico pasmo.
Eu nunca tinha visto outra criança além de eu não pedir brinquedos e essas coisas...
O Papai Noel também parece não saber o que responder, então só diz:
- E assim será minha querida.
E ela se levanta dando lugar para a próxima criança...
Antes de sair seu olhar encontra com o meu, e ela sorri... O ultimo sorriso da noite.
FlashBack Off

Eu sei que eu era novo, mas a maneira como me senti quando a vi era única. Ela despertou em mim esperança...
 Tanto que mesmo depois de toda a minha falta de fé nessa coisa de magia do Natal, eu resolvi fazer algo naquela noite, logo depois que ela foi embora clichê, mas eu ainda fiz...
Escrevi uma carta para o Papai Noel.
Escrevi porque eu precisava que o que estava escrito nela se realizasse, eu realmente precisava...
E assim foi por anos, mesmo depois de crescida, ela continuava indo, acompanhando uma garotinha, que eu ouvi que era sua prima... Eu a via, ela sorria para todos, e no final eu escrevia uma carta, com o mesmo pedido e colocava naquela mesma caixinha enfeitada.
Até o dia em que tudo mudou.
Eu já tinha 15 anos, e estava ansioso por vê-la. Obviamente a cada ano ela ficava mais linda, e eu pouco a pouco me apaixonava...
Só que naquela noite eu a vi... Só que dessa vez acompanhada por um rapaz... Aparentemente seu namorado.
Fiquei cheio de raiva. E fui embora para a casa do meu tio sem nem escrever a carta.
No ano seguinte ela não apareceu, nem no outro... E consequentemente, nunca mais escrevi a carta.
Não admito, mas eu venho aqui toda noite com um pouco de esperança de vê-la novamente... Mas nunca aconteceu.
O sino da igreja ao lado da praça toca e me desperta do meu devaneio. Olho e vejo que já são meia noite.
Percebo que a praça já está vazia e que o Papai Noel já foi embora.
Resolvo me levantar para ir para casa do meu tio.
Dou mais uma olhada na praça antes de ir e vejo uma garota sentada em um banco. Eu não a havia visto antes.
Ela está com a cara entre os joelhos, escondendo o rosto com os braços. Supostamente chorando.
Eu me aproximo lentamente, mas não sei a razão. Afinal... Eu não tenho nada a ver com isso.
É só quando me aproximo mais um pouco que meu coração acelera.
Era Ela.
Pisco meus olhos sem acreditar no que vejo. Depois de quatro anos desaparecida, ela está ali, na minha frente... Chorando.
Sinto uma pontada no meu peito.
Eu sempre a vi tão alegre e contente. É um choque vê-la em lagrimas.
Pessoas assim não mereciam chorar.
Sem nem perceber, estou andando em direção a ela. Não sei no que estou pensando, ela nem ao menos me conhece. Eu não deveria me meter nisso, mas simplesmente não podia também ficar parado vendo a garota que estou fascinado a anos, chorar.
Quando vejo, já me encontro ao lado do banco, mas ela ainda não percebeu minha presença.
- O..Olá – Digo sem jeito e ela levanta a cabeça assustada na mesma hora – Tá tudo bem?  - Opa é claro que ta tudo bem idiota, ta caindo uma chuva pelos olhos da menina e é obvio que está tudo bem.
Ela solta os joelhos no mesmo instante enquanto limpa as lagrimas nos olhos.
- Olha – Ela começa a dizer – Eu queria dizer “Ah, não é nada não”, mas eu estaria mentindo, e eu não gosto de mentiras, estou cansada delas.
- Então não minta – Respondo como se fosse fácil.
Acho que a natureza humana se acostumou com mentiras. Acho que a sociedade nos ensinou a esconder a verdade, porque segundo a mesma, a verdade não é interessante.
Ela olha para o chão. Na verdade ela ainda não olhou na minha cra desde que cheguei.
- Posso me sentar – Pergunto.
Como eu sou um idiota é claro que não pode.
Ela – não – te –conhece.
Sua mula.
- Eu deveria dizer não – Ele diz – Mas não me importo. Hoje não.
Assim que termina a frase ela vai para o lado, permitindo-me sentar também.
-E então... O que aconteceu? – Pergunto querendo saber o que causou aquelas lágrimas... Ou quem.
- Você vai achar tonto eu estar chorando por isso, afinal, esse tipo de coisa é tão comum hoje.
- Não poderia dizer se acho ou não idiota se você não me contar.
Nossa cara, ta de parabéns. Você acabou de dizer para a garota que tem a possibilidade de você achar o que ela diz idiota... Como se isso fosse possível.
Ela da um sorrisinho (o primeiro da noite) ainda encarando o chão.
- É meu namorado.
Meu coração para. Sinto meu corpo gelar e fico desanimado na hora.
Algo que não tem sentido de acontecer. É a primeira vez que falo com ela depois de anos a ver, mas, mesmo assim, era desse jeito que eu me sentia ao saber que ela tinha um namorado.
-Ele é um idiota.
Se antes eu sentia tristeza, agora a raiva me dominou.
- Por quê? – eu pergunto.
- Ele sempre foi e eu fingia não ver. Minha mãe sempre me disse isso. “Ele não é pra você, ele está te mudando...” Mas eu nunca escutei, ou fingia não escutar – Ela diz e eu fico em silencio para que ela continue – Ele sempre me punha para baixo sabe, criticava as roupas que eu usava, dizendo que elas não mostravam nada, criticava o jeito que eu prendia meu cabelo, critica isso, criticava aquilo...
“Ele me fez parar de fazer coisas que eu sempre fiz. Inclusive vir aqui no natal. – Ela fala apontando para a casinha do Papai Noel, agora já escura, como todo o resto da praça – Só sei que eu o deixei fazer isso, e ontem ele simplesmente terminou comigo, depois de quase quatro anos de namoro, porque disse que eu não era o suficiente para ele, que eu não sabia satisfazê-lo e blábláblá.
Fico quieto olhando o horizonte. O que eu podia falar. Esse cara era um filho da puta qualquer que não merecia a garota que teve por anos... E sinceramente, quando se tratava daquela menina, eu não sei se alguém mereceria um dia...
- Bobo, não é? – Ela pergunta depois de um tempo do nosso silencio.
- Claro que não – Respondo rapidamente – Não é bobeira você chorar se alguém te machucou – Começo a dizer – Acontece. Alguém sempre vai te magoar, seja de propósito ou não. E a ferida causada por essa pessoa, fica aqui dentro – Coloco a mão sobre o peito – E você não pode fazer nada a não ser sentir a dor. Você precisa fazer isso. Porque é só ela, a dor, que vai te ensinar a não cometer o mesmo erro novamente. Faz parte da vida. E se você precisa sentir a dor, pelo menos chore enquanto isso, talvez alivie um pouco.
Ela fica em silencio por alguns segundos e depois diz:
- Isso foi lindo.
Eu sorri um pouco. E o sorriso logo murcha.
- Dor é uma matéria com a qual já estou familiarizado – Digo sendo sincero.
É a mais pura verdade. Passei a vida inteira tentando curar a ferida que a perda dos meus pais causou. Tentei mesmo. E olhando para ela agora eu percebi algo, que nunca tinha percebido antes.
Não adianta você tentar consertar uma ferida causada por uma perda, por uma magoa... Porque ela não tem conserto. É a função de ela ficar aberta para de te lembrar do quanto você sofreu.
Na verdade, o que eu tinha que ter feito a minha vida toda era tentar aceitar isso.
Aceitar que nessa vida acontecem coisas que tiram pedaços da gente. E nada pode devolver essa parte de nós.
Era só isso. A gente tem que aprender a aceitar... Mas aceitar não significa superar. Porque tem coisas que são insuperáveis...
Olho para ela, e ela olha para mim também. Pela primeira vez.
Eu paro e observo-a.
Caramba, ela é linda! Eu não sei se já mencionei, mas seus cabelos não eram mais loiros e cachiadinhos, agora eram castanhos e lisos.
            Mas aqueles olhos eram os mesmos, a intensidade deles... Porem, agora eram opacos.
            Não deu tempo de ver muita coisa a mais porque seus olhos se arregalam e eu não entendo o que aconteceu.
Será que eu sou tão feio assim.
- Você é aquele menino – Ela diz e eu gelo, de novo – Aquele que ficava toda noite aqui.
Ela lembra de mim.
Não posso acreditar. Eu sempre pensei que era o único que percebia ela.
- Você se lembra de mim? – Pergunto incrédulo.
- Não teria como esquecer. Você estava ali toda a noite na época de Natal. Sentado no mesmo banco, parado, só observando. E eu não entendia o porquê. Porque não vinha e entrava na fila, e depois de crescido, porque ainda ficava ali.
- Eu esperava por você – Penso um pouco alto demais, repreendendo-me em seguida.
- Esperava por mim? – Ela pergunta.
Agora que eu já tinha começado a falar, que fosse pelo menos até o fim.
- É. Desde que te vi pela primeira vez naquela fila eu sempre vinha e esperava te ver novamente. Você era diferente dos outros... E foi assim por um tempo, mas depois você sumiu...
O sorriso que habitava seus lábios morreu.
- Por causa do meu namorado...
Ficamos em silêncio de novo. Olhando para frente, eu não sabia o que dizer. Não que eu precisasse, as vezes o silencio fala por si só.
- Você quer sair? – Ele pergunta me deixando mais surpreso do que nunca.
            - Como?
            - Eu não sei – Ela diz – Esquece foi besteira pergunt...
            - Não – Digo rapidamente, a cortando – Vamos, vamos sim. Que tal... – Obviamente não podia ser algo muito intenso para um primeiro encontro - ...Tomar um sorvete?
            - Para mim está ótimo – Ela responde alegre, iluminando-me por dentro por saber que fui eu que a deixei assim.
            -Amanhã? – Pergunto.
            - Não – Ela diz meio tristonha – Eu não vou poder no finalzinho dessa semana. Tenho provas na faculdade – Ela completa – Pode ser sexta?
            -Tudo bem – Digo .
            Hoje era quarta-feira, ou seja, teria dois dias antes de vê-la novamente. Parecia muito...
            - Ok então – Ela fala por fim e começa a se levantar – Já está tarde, é melhor eu voltar para casa.
            - Okay – Digo por fim.
            - Que horas? – Ela pergunta
            - Umas 4? Aqui mesmo? – Eu digo.
            -Tá ótimo.
            Ela olha para mim e sorri, antes de me dar um beijo na bochecha.
            Seus lábios sobre minha pele me arrepiam, mas ela não percebe.
            - Adeus então...? – Ela diz já se distanciando, querendo saber meu nome.
            - Arthur – Eu grito e ela sorri de novo.
            - Adeus Arthur.
            Espera, grito de novo,
- Qual é o seu nome?
            Ela ri e grita de volta.
            - Lua. Meu nome é Lua.
            - Adeus então Lua – Grito.

            Adeus não... Até logo.


O que acharam até agora? Provavelmente eu vou postar a outa parte hoje mesmo...

Um comentário:

  1. Omg mta pfta.... :D posta mais mais mais mais mais apaixonei <3

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